Relíquias Sertanejas Vinil

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Voce encontra Zé Pulula ou Lula, Zezé Pulula, ou Pulula da Silva e ainda José Eustáquio Pulula da Silva nos SITEs "reliquiasdofutebol.blogspot.com - esquadrõesdefutebol.blogspot.com", e ainda no horário dás 06 às 08hs da manhã, e dàs 16 às 18hs no SITE "www.rádiovoxmt.com.br, com o programa Sertanejo Bom Demais. Em http://www.correiopress.com.br/, tem a coluna Bastidores da Semana, com Pulula da Silva. "Vale conferir, e pode ter a certeza que a Praça não vai cair".


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

HISTÓRIA DA VIOLA CAIPIRA




COMEÇOU NO SÉCULO XX E HOJE É MINA DE OURO PARA QUEM TEM SORTE E TALENTO


Na história da música caipira conta que tudo começou no início do século XX e hoje chega como uma mina de ouro para quem sorte e talento. A musica sertaneja é a expressão da emoção humana. É a emoção que vem da cultura rural, sendo tema principal para a inspiração da verdadeira música raiz, raízes fincadas num mundo que bem expressa os mais puros sentimentos humanos.
Voltando ao passado, a musica caipira ( modão) começou a aparecer em 1910, quando foi feita em São Paulo a primeira mobilização de cantores e violeiros do interior paulista para demonstração ao público urbano, através de Cornélio Pires, levando ainda alguns anos para que a original musica caipira deixasse a zona rural, atingindo o público das cidades.
Segundo a história da musica raíz, nem mesmo o musico e compositor Angelino de Oliveira, que em 1926 fez a toada paulista “Tristeza do Jeca”, conseguiu que a música rural fosse reconhecida como gênero musical. Somente no ano de 1929, a música caipira original surgiu no mercado fonográfico com etiqueta própria, selo vermelho, com numeração a partir de 20 mil, e sem receber apoio das gravadoras. “Poucos acreditavam no meu projeto musical”, disse Pires na época, complementado que” era um novo gênero musical ( caipira) procurando espaço, mas as portas não queriam se abrir para receber a viola caipira”.
Com todas as dificuldades, Cornélio Pires assumiu sozinho o financiamento, gravação e produção de seus discos, abrindo assim a “estrada musical”, por onde trafegam hoje nomes famosos e ricos da nossa música sertaneja brasileira, entre eles Zezé de Camargo e Luciano, Matogrosso e Mathias, César e Menotti, Leonardo, Rick e Renner, Daniel, César e Paulinho, João Bosco e Vinícius, Milionário e José Rico, Bruno & Marrone, Macelinho de Lima & Camargo, César Menotti e Fabiano, Victor & Léo, Chitãozinho e Xororó, Chico Rey e Paraná e, em Mato Grosso, destaque para Zé Antonio e Divaney, João Carreiro e Capataz, Brenno Reis e Marco Viola, Alecir & Alessandro, Fabrício & Fernando,Dois a Um, sem esquecer do saudoso Altevir, que fêz uma dupla de sucesso com Adriano. Ronair e Roniel no passado levaram o nome de Mato Grosso por todo o Brasil com o modão Velha Caçimba. O falecido "Cumpadre Crispím", com seu programa Chora Viola na televisão e rádio tem uma enorme parcela no engrandecimento de Mato Grosso em todo o país através da música sertaneja.
Retornando no tempo, entre os anos de 1930 a 1940, através de Raul Torres, João Pacífico, Teddy Vieira, Nhô Belarminio, Cornélio Pires e João Batista Pinto, compositores de músicas raiz, a viola caipira já começava aparecer em festas de igrejas, praças públicas, faltando apenas ganhar a credibilidade dos radialistas da época.
RESISTÊNCIA NO RÁDIO, SURGIU A TELEVISÂO
O marco da resistência do rádio e sua musicalidade regional aconteceu entre 1940 e 1945, quando criou – se um novo estilo : a chamada musica sertaneja, quando começaram a surgir uma legião de duplas e cantores solos interpretando o novo gênero musical. Na mesma época, no cinema, um caipira fazia platéias lotadas morrerem de tanto rir com a interpretação de Amacio Mazzaropi, que cantava composições suas e de outros autores sobre o cotidiano do dia-a-dia da vida rural. Com evolução musical, num período de apenas cinco anos, passaram de 65 para 117 emissoras de rádios, onde hoje, tem se a estimativa que o arsenal de aparelhos receptores tem uma marca de 3 milhões de rádios AMs, FMs, Comunitárias no Brasil, além dos internautas espalhados por todo o mundo.
Com o surgimento da televisão em 1950, uma nova vitrine surgia para a musica sertaneja. Tonico e Tinoco deram o “ponta pé” inicial, participando da programação de estréia da extinta TV Tupy, e são considerados até hoje como os “Pais e Dupla Coração do Brasil, ( chavão que costumo dizer durante o meu programa “Sertanejo Bom Demais” pela Rádio Bandeirantes AM). Em meados de 1955, a inovação tecnológica contribuiu para o crescimento da música sertaneja com o surgimento do LP, o Long Play, disco vinil. Virou febre por todo país entoar uma canção sertaneja com o aparecimento de duplas como Tião Carreiro e Pardinho, Zilo e Zalo, Sulino e Marrueiro, Nenete e Dorinho, Zico e Zeca, Líu e Léu, Lourenço e Lourival, Palmeira e Biá, Duo Glacial, Irmãs Freitas e Voninho, Caçula e Marinheiro, Cascatinha e Nhana, Luisinho e Limeira e Zé Carreiro e Carreirinho. Adauto Ezequiel, o Carreirinho,Ex- parceiro de Zé Carreiro já está no outro lado da vida juntamente com Tião Carreiro e Zé Carreiro, ex - parceiros, mas deixou o nome ternizado entre os fãs. já mortos Antes de falecer formou dupla com Zita Carreiro, tornando-se referência para outros artistas do segmento, e desde 1990, formou dupla com Carreiro, onde gravou CDs, DVDs, e fazendo apresentações por todo o Brasil,inclusive, tem um compromisso de uma vez por ano vinha a Mato Grosso, onde participava de uma roda de violeiros em uma fazenda de Poxoréo. De acordo com o pesquisador Roberto Stranganelli, Carreirinho era considerado o “Pai da Viola”.

DITADURA E ESTILO NOVO
Em 1960 a ditadura militar propiciou o surgimento da música de protesto, composta por jovens autores influenciados pela música regional que passavam em suas obras todo sentimento da insatisfação popular. Apesar de que em 1970, apenas 33% da população de 95 milhões brasileiros ainda habitarem na zona rural, a saudade do interior tornou-se o principal argumento para a música. Na época, o cantor mexicano Miguel Aceves Mejia, que lutou também de 1937 á 1948 para popularizar suas canções rancheiras na América do Norte, fazia muito sucesso também no Brasil, motivando nossos artistas a imita-lo, e foi nessa década que surgiu duplas consagradas como Pedro Bento e Zé da Estrada, Milionário e José Rico, Chico Rey e Paraná, César e Paulinho, Zé Mulato e Cassiano, Belmonte e Amarai, Matogrosso e Mathias, Trio Parada Dura, Leandro e Leonardo, Peão Carreiro e Zé Paulo, Léo Canhoto e Robertinho, Chitãozinho e Xororó, Tibagi e Miltinho, Gino e Geno, Ataíde e Alexandre, Durval e Davi, Juliano e Jardel, Waldery e Mizael, Matogrosso e Mathias, Ronaldo Viola e João Carvalho, e o cantor solo, Sérgio Reis, que em entrevistas, sempre confirmam que Miguel Aceves Majia, de fato, foi quem deu o verdadeiro embalo na musica sertaneja brasileira atual, com sucesso em todo o mundo. É bom lembrar que consagrados compositores surgiram paralelamente com o sucesso dos artistas,entre eles Anacleto Rosas, Goiá, Zacarias Mourão, Lourival dos Santos, Paraíso, Luiz de Castro, José Homero, Benedito Seviero, Nono Basílio, Ronaldo Adriano, Roniel e Valdemar de Freitas Assunção.
ESTRADA DA VIDA
Além de cantar, José Rico, parceiro de Milionário, é também compositor, e escreveu 90% de seus modões gravados até hoje. Tempos atrás, na extinta Rádio Antena FM - MT, durante uma entrevista no meu programa BR 93, me disse de como surgiu a música Estrada da Vida, considerada como um dos hinos da música sertaneja brasileira.” Fizemos um show em Mineiros – GO, e na volta, chovendo, e na tranqüilidade da madrugada, sem sono, sentado no banco ao lado motorista, na frente no ônibus, comecei a olhar o infinito da estrada e, de estalo, comecei a escrever a letra. Quando chegamos em Uberlândia, já em Minas Gerais, o modão Estrada da Vida estava pronto, e tudo bi....Zuuummm ! É tocado até hoje em todas as rádios do país. Isso aconteceu em 1976”, finalizou José Rico, o “Garganta de Ouro” do Brasil, que já recebeu o título de Cidadão Mato-grossense de autoria do ex- deputado Amador Tut, pois além de alegrar o povo com suas canções, fincou raízes por aqui, sendo um próspero empresário agropecuário em Mato Grosso, possuindo fazenda em Paranatinga, distante 700 quilômetros da capital Cuiabá.
Acervo Pulula da Silva

Um comentário:

  1. Grande Zé Biscoito, você nem imagina a importancia do serviço que está prestando ao estado de Mato Grosso ao escrever suas memórias. Talvez nem você mesmo tenha atentado para a importancia desses escritos, que no futuro serão fundamentais para os pesquisadores e historiadores. A história contada por quem viveu os fatos é muito mais importante. Quem mais do que você conhece a história do Mato Grosso? Sua militancia no esporte, na imprensa e na política matogrossensse o credencia ao papel de memorialista. É preciso botar tudom isto em livro. Sugestões para o título da obra: "Eu vi, ninguém me contou"; ou "Zé Pulula: a testemunha ocular da história".

    PS)Zezé, pessoalmente sinto-me honrado de ter podido fazer parte da história de sua vida. Há 40 anos, quem diria que o "Zezé Biscoito", humilde frentista do Posto Sônia, em Pará de Minas, chegaria onde chegou? Aconteça o que acontecer no futuro, você já um vencedor. Quando nada pela belíssima familia que formou, juntamente com a Onilza, outra guerreira. A sua, é uma história de sucesso. agradeçamos a Deus por ter sido assim. Do amigo, Luiz Viana David.

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